Nietzsche contra Darwin
(Coleção Sendas & Veredas; GEN/ Edições Loyola, 2014)
As críticas nietzschianas contra o darwinismo, ou contra aquilo que Nietzsche acredita ser as ideias de Darwin, as suas críticas contra o mecanicismo e, como acreditamos, a sua rejeição de projetos eugenistas imbricam-se na noção de vida como processo contínuo de autossuperação, na sua tentativa de superação da metafísica e dos conceitos fixos, absolutos e imutáveis. O homem não tem uma natureza a ser atingida, seja ela pré- determinada ou finalidade de um processo evolutivo. […] O que Nietzsche pretende é o estímulo das inúmeras potencialidades humanas. Não se quer a seleção de uma característica fixa e determinada, mas de todas, cada uma em seu momento, não amalgamadas em uma só, porém disponibilizadas como inesgotáveis possibilidades.